12 abril 2006

A gagueira está nos ouvidos dos pais, dos professores...


“Um menino de quatro anos de idade que apresenta um desenvolvimento de fala normal. Até que num determinado dia Timothy hesita um pouco mais do que o normal (considerando que todas as pessoas, principalmente as crianças pequenas, hesitam enquanto falam) e com alguma tensão. É claro que ele, ao contrário de sua mãe, não o percebe.

No outro dia, a mãe esquece-se de tudo, até a hora em que Timothy apresenta um leve sinal de tensão em uma de suas muitas palavras.

Após alguns meses, a tensão persiste e aí, a mãe tem "certeza" de que Timothy tem uma gagueira.

A mãe tenta, então, convencê-lo a parar com isso, e quando ele gagueja ela lhe diz: “Não tenha pressa”, “Respire fundo antes de falar”, ou “Por que você está falando assim ?”.

Timothy que não havia percebido que fazia alguma coisa diferente, agora, quando gagueja um pouquinho e a mãe faz algum comentário, ele também começa a tomar consciência da sua gagueira.

Quanto mais ela se preocupa, mais ele se preocupa. Tenta então não “fazer isso”. Quanto mais tenta, mais “isso” piora. Ele acaba por fazer “isso”, porque “isso” existe, mas não pode fazê-lo porque deseja que sua fala seja agradável aos pais; quer a aprovação deles. Esse é o conflito. Aí está o início de uma verdadeira gagueira para Timothy que, agora, poderá nunca mais sentir os prazeres de uma comunicação fluente”.


Texto retirado da monografia de conclusão de curso de especialização em linguagem, de autoria de Daniela Leite Gomes.

Para ler o trabalho na íntegra clique aqui.

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