30 setembro 2005

Como eu me sinto

No sítio de Gagueira da Universidade Estadual da Minnesota (EUA), na seção destinada para crianças (Just For Kids), encontrei alguns depoimentos sobre como elas se sentem quando são motivos de brincadeiras de mal gosto por causa de suas falas. Quem já viveu, sabe bem como é.

  • Eu me sinto mal quando as crianças zombam de mim, mas me sinto bem quando meus amigos tentam me ajudar (Kofi, 10 anos).
  • Sinto raiva quando sou zombado por causa da minha fala, e conto à minha mãe. (Tyler, 7 anos).
  • Isto me faz muito mal, deixando-me chateado e triste. Sinto vontade de dizer para eles pararem de me apelidarem. (Emron, 9 anos).
  • Algumas pessoas se divertem comigo por causa da gagueira. Sinto-me mal! Eu não gosto do que as pessoas fazem comigo. (Benjamim R., 10 anos).
  • Quando zombam de mim, fico triste e algumas vezes muito para baixo. Algumas vezes as crianças imitam minha maneira de falar (Veronica, 9 anos).
  • Quando gaguejo, isto me deixa com o coração caindo para dentro da barriga. É como se eu não tivesse amigos. Pessoas me apelidam, também. Eles me chamam de "a menina gaguinha". Eu tive um amigo que me defendeu e aquilo me deixou feliz. O nome dele é Jake. (Alina, 9 anos).
  • Quando eu gaguejo sinto como se ninguém gostasse de mim. Sinto como se meus amigos não me entendessem quando eu gaguejo e algumas vezes eles riem de mim. Fico muito chateado e mal. (Manuel, 9 anos).
  • Pessoas riem da minha gagueira. Sinto como não pudesse falar na escola. Quanto o professor me faz uma pergunta, fico com medo de gaguejar e então eu finjo que não sei a resposta. (Nora, 13 anos).
  • Eu me sinto mal quando a criançada se diverte de mim. Quando eles fazem isso, eu só quero correr e me esconder de todo mundo. (Cameron, 11 anos).
  • Sinto-me desencorajado quando as pessoas fazem piadas de mim. Eles dizem coisas do tipo "OLHA AQUELE MENINO QUE NÃO CONSEGUE FALAR DIREITO". Algumas vezes eu tenho vontade de bater neles. Meu 'professor de fala' - speech teacher - tenta encorajar-me a manter a calma. Meus pais sempre me ajudam também. (Jack, 10 anos).
  • Eles deveriam respeitar as diferenças das pessoas. (Micah, 11 anos).
  • As crianças riem de mim imitando o quê e como eu digo as coisas. Isto magoa meus sentimentos. (Kyle, 10 anos).
  • Eu odeio isso. Algumas vezes eu choro. (anônimo, 9 anos).

O Mundo precisa saber disso! As crianças do presente e do futuro não podem passar por isso!

2 comentários:

Anônimo disse...

Tem razão, Wladimir. As crianças não podem e nem "precisam" passar por isso. Então é importante que façamos e, bem feita, a nossa parte divulgando , informando e orientando a quem precisa.
um abraço,
Mariângela

Anônimo disse...

Olavo diz :

Parabéns, Wladimir, Vc. está mostrando ao que veio.

Não tenha medo de chocar idéias pré concebidas.

Eu me identifiquei com diversos depoimentos mostrados no seu Blog.

Mundo Cão, a hora não é mais de revolta, e sim de :

Unirmo-nos, em volta de uma Fogueira Eclética, sem deixar espaço pras Fonos que só querem se aquecer na Fogueira das Vaidades.

Que viver, verá.

Olavo.